Ele arqueou a sobrancelha.
"Vai manchar toda sua cama".
"Sim, vai, e eu vou guardar os lençóis para sempre, pra quando eu realmente estiver precisando de algum estimulo, olhá-la e lembrar das maravilhas que você fez comigo".
Arthur pegou a camisa jogando-a por cima da cabeça de uma vez só e a pegou no colo.
"Espero que o fast-food, seja realmente fast. Precisamos chegar logo a sua casa.”
Arthur pegou a garrafa de vinho tinto sem qualquer problemas, mesmo com ela no colo.
Saíram do Cassino, o moreno acenou para os seguranças que estavam lá e colocou Lua dentro do carro, depois rodeou e entrou.
Ela largou as mãos ao redor do seu pescoço e beijou-o sedutoramente.
"Vai dormir comigo?"
Ele sorriu com um ar de malicia.
"O que teremos para o café?"
Ela riu pelo nariz.
"Posso preparar algo bem forte e energético, e você pode escolher a sobremesa.
Ele lambeu seus lábios de forma erótica.
"Então eu aceito, e façamos o seguinte, eu escolho a sobremesa agora de noite, e posso repeti-la amanhã de manhã.
Lua concordou com um gesto de cabeça e gargalhou quando ele pisou com força no acelerador.
Arthur passou a noite com Lua como havia prometido, saiu cedo da casa dela rumando para o próprio trabalho, mas na cabeça havia apenas um pensamento fixo. Pedro Cassiano.
Iria dar um jeito de encontrar Pedro sozinho e ensiná-lo a nunca desrespeitar uma mulher, ainda mais se esta mulher for Lua Blanco.
A noite caiu e Arthur seguiu para o escritório de Lua, mas desta vez não a surpreenderia, nem gostaria que ela soubesse que ele esteve lá.
A sorte parecia estar do seu lado.
Quando desceu do carro e encostou nele, achando que esperaria muito tempo até ver o almofadinha sair do prédio, Arthur deu de cara com o próprio, já seguindo para sair.
Com algumas passadas rapidas prostrou-se diante dele.
Pedro tomou um enorme susto ao ver o moreno em sua frente com cara de poucos amigos.
"Oi Pedro. Acho que precisamos ter uma conversinha".
Arthur agarrou o colarinho da blusa bem passada de Pedro e o puxou para trás das pilastras sem lhe dar muito tempo para responder ou pedir ajuda.
"O que é isso?" - perguntou o Pedro assustado.
"isto, é um aula de como tratar a mulher alheia".
Arthur desferiu-lhe um soco no estomago e Pedro arfou.
"Ouça o que eu vou lhe dizer seu filhinho de papai desgraçado. Lua é minha, espero que compreenda isso, sendo assim, eu exijo que você a respeite. Hoje, e apenas hoje, eu não vou estragar sua cara de mauricinho, mas em compensação, você vai voltar lá, vai subir até o andar de Lua e vai dizer a ela que sente muito. Vai dizer também que nunca mais irá desrespeitá-la e que vai deixá-la em paz. e quando fizer isso Pedro, seu celular deve estar no viva voz para que eu ouça, você entendeu?"
Ele assentiu rapidamente.
"Mais uma coisa, no dia que você sonhar em chamar minha garota de prostituta de novo, pense no amor que tem aos dentes. Se você voltar a perturbar Lua, Pedro eu juro por Deus, eu vou caçá-lo e acabar coma sua raça".
Cap - 17
Arthur o soltou e ele cambaleou.
"Meu pai...é um advogado..."
Arthur gargalhou.
"O meu pai é ministro, meu tio é juiz, meus primos são promotores. Não importa. Nâo me interessa em quem se apoia seu covarde, agora vá lá e faça o que eu disse, depois esqueça que conhece minha namorada ou eu vou fazer você se arrepender".
Arthur conectou o celular com o de Pedro e continuou no mesmo lugar.
Pedro o encarava com um olhar de terror, enquanto Arthur lhe olhava com um olhar feroz e amedrontador.
"Quero ouvir a voz dela, e vai ser muito, mas muito bom pra você se ela disser que perdoa, então vai rezando e quando chegar lá, implora se for necessário".
Pedro engoliu seco e rumou nervosamente para dentro do prédio. Quando passou pelo segurança o mesmo o questionou:
"Está tudo bem senhor Cassiano?"
Ele deu um ultima olhada de relance para Arthur.
"Sim, está tudo bem".
Depois disso sumiu no elevador.
Não tardou muito em Arthur ouvir as suplicas dele para que Marie o deixasse entrar, riu sozinho encostado a pilastra imaginando a cara de horror de Pedro ao saber que Lua não o receberia tão facilmente, mas finalmente ouviu a voz dela soar no aparelho.
"tem cinco minutos contados Pedro, o que quer?"
Ele sorriu e tremeu.
A voz de Lua lhe causava arrepios e o fato dela soar metalizada pelo aparelho telefonico lhe parecia mais sexy, lembrava-lhe o dia em que transaram pelo telefone. Arthur ficou subtamente excitado.
Ela era segura de si, forte e encarava as coisas de frente.
Ela era única, e era tão sua...Cuidaria para que continuasse sendo.Arthur ouviu com muita diversão Pedro desculpar-se com Lua, podia ver no tom de voz dela que estava surpresa com a atitude do homem.
"Eu não tive a intenção de dizer aquilo, eu estava de cabeça quente". - dissera Pedro. - Perdoe-me"."
Tudo bem Pedro, deixemos isto para lá".Alguns minutos depois viu a batida da porta e soube que Pedro havia saído do escritório. Aguardou o homem andar até o estacionamento. Pedro parecia feito de cera, quando olhou para ele.
"Muito bem Pedro, fico feliz que tenha sido tão solicito e prestativo, você mostrou que é educado e vem de boa família".Pedro não respondeu ao sorriso do moreno.
"Vou deixar você em paz agora, mas antes, tenho algo a lhe dizer.
Sei que está arrependido, como eu já havia lhe dito antes e sei também que você está esperando a menor oportunidade para tentar reaproximar-se de Lua de novo".
Tirando coragem sabe-se lá de onde, Pedro ainda conseguiu encará-lo.
"E se for? Vai me ameaçar por ter medo de uma disputa justa?"
Arthur riu alto.
"Medo?Você é engraçado Pedro, realmente muito engraçado, mas sabe, não vou ameaçar você, faça o que quiser, mas saiba de uma coisa, Lua é minha agora e eu realmente não pretendo deixá-la ir a lugar algum”.
Sem mais palavras, Arthur virou-se e saiu do local.
Passaram o resto da semana sem se verem, mas marcaram de encontrar-se no sábado, iriam juntos a um clube.
Estariam comemorando um mês que saíam juntos, mas em seu intimo Lua mais lamentava que comemorava.
Completar um mês significava que estava cada vez mais próximo de acabar.
Mesmo assim não queria mostrar sua fraqueza a Arthur, não podia mostra a ele que estava se apaixonando, ou seria tola e fraca diante dos olhos dele.
O sábado chegou e Arthur foi muito pontual.
Estava no apartamento de Lua exatamente as 9 como haviam combinado.
Ele chegou e entrou sem bater, já haviam alcançado este nível de intimidade, ela mesma pediu que ele ficasse a vontade quando chegasse ao seu apartamento e lhe entregou a chave reserva.
Sabia que fazer isso tornava as coisas um pouco mais sérias, pelo menos para ela, mas estava tentando desesperadamente se apegar a algo que a fizesse acreditar que eles teriam algum tipo de futuro juntos.
Estava sentada em frente a penteadeira do quarto quando Arthur entrou. Ele curvou o tronco longo e forte e apoiou a cabeça em seu ombro.
- Bom dia cachinhos dourados.
Ela sorriu docemente e aspirou o perfume que emanava dele, fechando os olhos para apreciar melhor.
"Ah! Não feche os olhos meu amor, me abstem de olhá-los, e eles são tão lindos".
O coração de Lua disparou no mesmo momento em que ouviu as palavras "meu amor".
Sabia que usou-as figurativamente, mas não pode evitar seu corpo de reagir, aos poucos abriu os olhos tentando não deixar que Arthur os visse marejados.
"Lindos são os seus. Da cor do chocolate".
Arthur se ergueu sorrindo e ela pode contemplá-lo. Estava de bermuda e camiseta regata, a camiseta favorecia o físico deixando seus ombros largos e braços fortes a mostra.
Lua ergueu-se e abraçou-o sentindo a rigidez da carne forte.
"Mudança de planos linda".
Ela ergueu os olhos curiosa.
"Como assim?"
"Bom, eu quis te fazer uma surpresa. Não vamos mais a um clube".
Ela ergueu uma sobrancelha.
"Devia ter me avisado Arthur, eu preparei roupa de banho e...".
Cap - 19
"Por que não?"
Ele emitiu um grunhido selvagem.
" O jato...precisamos estar lá em uma hora..."
Lua lambeu os lábios lascivamente.
"Em quanto tempo chegamos até lá?"
"Vinte minutos eu creio".
Ela sorriu. Um semblante atrevido e insinuante o qual Arthur nunca tinha visto igual.
"Fico satisfeita com quinze minutos do seu tempo".
Ele arregalou os olhos. Aquela era mesmo a Lua politicamente correta que conhecera. Arthur Aguiar corrompera Lua Blanco.
Arthur Aguiar considerava-se sem falsa modéstia um bom amante. Era experiente, Havia deixado a inocência muito cedo. Tinha muito orgulho de seu desempenho, não costumava transar com qualquer uma ou ser um escravo do sexo, escolhia bem suas parceiras e tentava dar o melhor de si para elas. Tinha o costume de comandar o ato do sexo, podia dizer com altivez que sempre enlouquecia as mulheres, mas nunca perdia o controle.
Nunca...
Até Lua Blanco surgir em sua vida.
Arthur agarrou os cabelos dela com força, tanta força que chegou a ser violento, mas ela gemeu e em vez de reclamar simplesmente agarrou-se mais a ele mostrando-se excitada com aquilo.
Arthur segurou-a firme pelas nadegas e a levantou em seu colo fazendo com que ela enrolasse as pernas ao seu redor.
Procurou com desespero algum lugar par se apoiar e quando visualizou a escrivaninha dela, não se importou com o que quer que fosse que estava em cima e simplesmente jogou no chão. Teve certeza de ouvir duas ou três coisas se quebrando, mas não se importou.
Sentou-a em cima do móvel.
Lua estava vestida para ir ao clube. Um biquíni sexy preto e uma saída de praia azul estampada.
Facilitou e muito o contato
Emitiram juntos um gemido selvagem e longo.
Arthur nunca havia se sentido daquela maneira. Tão necessitado de alguma coisa como necessitava nela.
Estar dentro dela era um vicio, como um drogado que usa sua droga. O Alivio era ao mesmo tempo a salvação e a perdição.
Ele moveu-se contra ela. Não havia nada de delicado na maneira como a possuía, mas Lua parecia estar tão imersa naquilo quanto ele.
Realmente não demorou, com breves e intensos movimentos e beijos calorosos ele chegou ao clímax e teria se sentido um menino com problemas de ejaculação precoce se Lua não tivesse se contorcido num orgasmo fabulosos gritando seu nome segundos antes dele.
Ao fim de tudo estavam suados, ofegantes e maravilhados.
Depois de alguns poucos segundos, quando Arthur puxou o ar de volta aos pulmões, ele consultou o relógio e riu.
"Você me disse que precisava de quinze minutos do meu tempo, te dei o que você queria em dez".
Ela gargalhou.
"Fantástico Arthur Aguiar, como sempre".
"Podemos ir agora?"
"Devemos ir agora" - ela rebateu. Beijou-o com uma intensidade incrível e depois ajeitou as roupas. Arthur acompanhava cada movimento seu.
Lua perguntou à caminho do carro quando aprendera a ser sedutora. De onde tirara aquela coragem.
Riu sozinha. No fim não compartilhavam das mesmas idéias.
Arthur diria que corrompera Lua Blanco, ela achava diferente:
Arthur Aguiar libertara Lua Blanco.
"Dê-me cinco minutos para fazer uma mala"
Havia dito Lua antes de saírem no apartamento, mas Arthur não deixou:
"Não será necessário. Tenho certeza de que se divertirá muito mais se comprar o que precisa na ilha, nos dará um bom motivo para explorarmos o local, ou então realmente não lhe deixaria sair do hotel. Quer dizer, não creio que precisará de muita coisa, já que realmente terá grandes dificuldades para deixar aquele quarto".
Ela sorriu e assentiu.
Era maravilhoso sentir-se daquela maneira. Estar apaixonada, sim ela já admitira a si mesma que estava, deixava-a leve, como se andasse nas nuvens. Ao mesmo tempo era desesperador, pois sabia que tudo aquilo tinha um momento para acabar.
Durante o trajeto, Lua permanecera calada, pensativa.
Poderia revelar a Arthur que o amava? Que o queria por mais que meros dois meses? Que este tempo não seria suficiente?
E se ele não sentisse nada por ela. Nada alem do desejo irrefreável, pareceria então uma tola adolescente que doara muito em troca de nada. Isso lhe deixava em pânico.
Quando chegaram ao aeroporto, Micael já estava esperando-os. Assim como Pedro Cassiano e o restante da equipe de defesa.
Arthur passou o braço possessivamente pelos ombros dela e estampou o melhor sorriso quando apertou a mão do irmão, sob o olhar frio e invejoso de Pedro.
"Minha advogada?"
Perguntou Micael com gracejos.
"Sim, sua advogada".
Micael levou os braços na intenção de cumprimentar Lua com um abraço, mas ela foi puxada para trás com delicadeza.
"É sua advogada e minha garota, tire as mãos dela".
Micael gargalhou e abraço Lua mesmo assim.
"Thutuzinho, sempre ciumento e possessivo, que coisa feia meu irmão".
Arthur riu e abraçou o irmão.
Lua tinha um semblante incrivelmente feliz e satisfeito. Os olhos brilhavam e não era qualquer brilho, era o brilho da paixão.
Aquilo despertou um monstro dentro de Pedro e ele resolveu que, pelo menos durante aquela semana, estaria seguro o suficiente contra Arthur.
Tomado por um impulso repentino Pedro aproximou-se.
"Bom dia. - ele disse seco para Arthur - Como vai Lua?" - Ele já lhe dirigiu uma voz mais doce e tomou-lhe mão para beijar sem que ela esperasse.
Arthur estreitou os olhos, mas nada fez.
"Bom dia Pedro"
Lua disse educadamente retirando a mão.
"E ai Pedro , não vai levar a Pérola?"
Arthur disse com um tom firme e cínico e Pedro entendeu a indireta.
"Estou a trabalho Aguiar e não me lua de mel"
Respondeu com superioridade, mas ao contrario de se ofender ou se irritar com a petulância dele, Arthur riu.
"Então será o único".
Micael gargalhou assim que compreendeu do que se tratava a tensão entre os dois homens.
Sabia que não precisaria se preocupar com o irmão. Além de Arthur saber tirar aquilo de letra, estava estampado a palavra amor na face de Lua, não via quem não queria.
"A equipe está toda aqui Lu - disse Pedro com intenção de provocar ao chamá-la pelo apelido - Poderíamos nos reunir durante a viagem e discutir..."
"Temo que não vá ser possível Pedro - Arthur quase cuspiu o nome dele - Não poderão dispor da maravilhosa companhia de minha namorada durante a viagem, já que ela irá comigo no compartimento privativo do jato e eu realmente não estou disposto a dar um minuto de sobra para deixar o lugar".
Pedro trincou os dentes.
"Pretende amarrá-la Aguiar? Vai trancar os pulsos dela na poltrona".
0 comentários:
Enviar um comentário