
- Arthur? - Lua procurava pelo rapaz que não via a algum tempo. E ela repetia seu nome incansavelmente. - Onde será que ele está? - Lua perguntava pra si mesma. Lua para e decidi olhar o lugar onde estava já a alguns dias.
Ela entrava de sala em sala e estava tudo vazio, ela volta para onde estava, ou seja, naquela cadeira onde ficou e vê a sala onde tanto Arthur entrava, ao entrar lá, ela vê uma cama e vários jornais, ela vai entrando no quarto quando sente uma mão em seu ombro, ela se vira, era Arthur.
- Onde você estava? - Ela pergunta quase que automaticamente.
- Sai! - Ele diz simples mente.
- Pra onde? - Lua pergunta muito curiosa.
- Você não precisa saber! - Arthur fala calmo.
- Mal Educado! - Lua sai.
Lua fica pensativa, ela se senta na cadeira e olhava para os pés. Ela queria respostas, não para as coisas que perguntava a Arthur, mas sim para as coisas que se perguntava, tipo: "Porque não queria que Arthur fosse preso?", "Porque gostava de vê-lo sorrir?", "Porque odiava vê-lo triste?", "Porque não sentia medo dele, nem quando estava presa?" Era para essas perguntas que Lua queria respostas, e rápidas.
Arthur também se perguntava várias coisas: "Porque odiava vê-la chorar?", "Porque parte de si queria liberta-la e manda-la embora e outra parte queria que ela ficasse?" Essa eram as perguntas que mais latejavam na mente de Arthur, e ele ficava com ódio por não ter a resposta, ele imaginava algumas coisas, mas jamais amor, nunca.
Lua estava perdida em seus pensamentos quando ela ouve Arthur;
- Lua ? - Arthur fala.
- Meu nome! - Ela fala sarcástica.
- Preciso falar contigo! - Ele diz.
- Já ta falando! - Ela responde ele.
- É sério! - Arthur diz.
- Algum problema? - Lua se assusta
- Mais ou menos! - Arthur diz balançando as mãos.
- Porque? - Ela pergunta.
- Vem cá! - Ele chama ela e eles entram no quarto em que Arthur ia atender seus telefonemas.
- O que? - Lua pergunta.
- Espera! - Arthur diz. - Olha! - Ele lhe entrega o celular dele que tem uma mensagem de texto de Pedro.
- O que é isso? - Ela pergunta.
- Lê! - Ele diz.
- Ta bom, deixe-me ver! - Lua abre a mensagem e lê o seguinte:
"Aguiar, a família da Lua não sabe do sequestro, eles acham que ela foi apenas fazer uma viagem sem data para voltar, então, convença a Lua a não falar nada para a família dela, porque se não eu me ferro, entendeu Aguiar?"
Lua lê e não vê problema nenhum.
- Qual é o problema, é melhor assim sem a minha família saber, certo? - Ela pergunta crendo que ele concordara.
- É, pode ser! - Ele diz simples mente.
- O que está acontecendo? - Lua pergunta.
- Nada! - Ele diz.
- Claro que é alguma coisa, você recebe uma mensagem dizendo que a minha família não sabe do "sequestro" e que provavelmente você não vai ser preso e ai fica todo estranho, ta maluco? - Lua é firme.
- Sei lá Lua! - Ele diz.
- Num quer dizer, num diz. - Ela fala e sai.
Arthur fia pensando porque estava com raiva, nem ele sabia. "Queria que eles tivessem ódio de mim!" Arthur pensava, ele não sabia mais o que fazer, queria pagar pelo que fez a Lua e isso não aconteceria, porque ninguém sabia do "sequestro". Ele devia ficar feliz, mais não estava.
Lua estava MUITO feliz, Arthur não seria preso, sua familia estava despreocupado, e Pedro ia levar uma bela surra. Tudo estava bem para ela, menos o fato de Arthur está estranho, mas ela iria se preocupar com isso depois, foi ai que ela parou, e depois, depois de ferrarem com Pedro? Lua nunca mais falaria com
Arthur, nunca mais o veria? Ela ficou triste. Ficou com raiva, estava com ódio de toda aquela situação, e estava nervosa com o dia seguinte, eles iriam ferrar com Pedro, ou melhor, Lua ia bater em Pedro, e Pedro não a teria de volta. Era isso, ela teria que ficar feliz por enquanto, depois veria o que fazer. Depois.
Arthur olhava para o teto e para o chão direto, até que seu pescoço começa a doer, ele se deita na cama, e fica pensando em como será depois que Lua fosse voltar a viver a vida dela, o que ele faria. Queria viajar, queria sair daquele lugar, queria se mudar, esquecer que tudo isso aconteceu e seguir a vida dele.
Lua estava na sala, pensando quando de repente o telefone de Arthur - que estava com ela - começa a tocar, ela olha no visor e era Pedro. Então, ela grita:
- ARTHUR, É O PEDRO.
O menino corre e atende e põe no viva voz.
#Continua...
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